A vírgula, sinal de pontuação usado principalmente para separar elementos, normalmente não é usada antes da conjunção e. Apesar disso, existem algumas situações em que seu uso é obrigatório.
Há casos em que ela deve ser inserida antes da conjunção, casos em que ocorre depois, e casos em que o e aparece entre duas vírgulas. Veja a seguir explicação e exemplos dessas ocorrências.
Existem três situações que exigem vírgula antes de e. São elas:
Uma ideia é chamada de intercalada ou deslocada quando se localiza entre outras ideias na frase, interrompendo a sequência lógica. Observe:
Resgatei um gato, que estava faminto, e levei para casa.
Neste período, a oração “que estava faminto” interrompe o fluxo natural da frase, que seria “resgatei um gato e levei para casa”. Isso é uma intercalação e precisa estar entre vírgulas.
Exemplos:
Em textos literários, pode ocorrer a repetição da conjunção e com o objetivo de enfatizar uma ideia. Nesse caso, é obrigatória a vírgula antes da conjunção.
Exemplos:
Observe:
Jordana comprou o livro, e Ludmila fez a resenha.
Neste período, há duas orações com sujeitos diferentes: Jordana e Ludmila. Além disso, sem a vírgula, um leitor desatento pode achar que a primeira oração é "Jordana comprou o livro e Ludmila". Isso dificulta a leitura, porque seria necessário reler para entender a frase. Por isso, a vírgula é obrigatória nessa situação.
Exemplos:
A vírgula é usada depois da conjunção e para separar expressões deslocadas ou intercaladas, ou seja, ideias que interrompem o fluxo natural da frase.
Observe:
Vítor foi ao cinema e, como sempre fazia, comeu pipoca durante o filme.
Neste período, a oração “como sempre fazia” interrompe a ideia “Vítor foi ao cinema e comeu pipoca durante o filme”. Essa intercalação precisa estar entre vírgulas.
Exemplos:
A vírgula é obrigatória antes e depois da conjunção e quando as duas situações que exigem vírgula ocorrem ao mesmo tempo na frase.
Exemplos:
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